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Um ato virtual comemorativo dos 99 anos de fundação do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e que homenageava o professor Carlos Reiners, ocorrido no último 1º de abril, foi invadido por um grupo nazifascista, possivelmente ligado ao bolsonarismo.

A presidenta municipal do PCdoB de Cuiabá, professora Lane Costa, lamentou o acontecido e postou nas redes sociais que “em 30 anos de militância me senti violentada, machucada, aviltada pela minha opção política! Estou triste! Mas não me rendo! Não nos rendemos! O Ato aconteceu, em outro espaço e com parte do público inicial. Foi lindo e emocionante!..”.

Além da invasão, o grupo “sequestrou” o comando da reunião e passou a divulgar imagens e mensagens de exaltação a Hitler (líder do movimento nazista) e ao ditador Mussolini, cenas de sexo, misóginas, de violência, de ódio aos comunistas e propaganda antecipada da reeleição do Bolsonaro, informou a Lane Costa.

Esse ataque criminoso guarda semelhança com ataques recentes ocorridos contra reuniões de grupos ligados à diversidade, à luta contra o racismo e até em instituições de ensino, como numa sala de defesa de mestrado da UFPB e numa de defesa de TCC da UNB.

Miranda Muniz, secretário de organização, ressaltou que o ataque criminoso não impediu a realização do ato, pois, “abrimos uma nova sala, transferimos apenas os participantes conhecidos e reiniciamos o evento que, transcorreu normalmente”.

Ante a gravidade desse ataque, o partido formalizará denúncia crime junto a Delegacia de Crimes Virtuais, representará junto ao MPF e denunciará vigorosamente nos órgãos de comunicação, pois, segundo Miranda Muniz, “o que está em jogo é a defesa da liberdade de pensamento e opinião, conquistas da Constituição Cidadã, e a própria Democracia, ameaçada pela intolerância e pelo ódio desses grupelhos tresloucados”.

A presidenta Lane Costa, ressalta que esse tipo de ação criminosa é algo que vem se intensificando em praticamente todos os espaços e não atacam apenas os comunistas: “esses grupos nazifascistas, têm atacado atividades virtuais promovidas pela da Academia (universidades e institutos), por entidades ligadas aos direitos humanos; à igualdade racial; à diversidade; às mulheres; à cultura e artes, etc. O que está em jogo é a luta entre a barbárie e a civilização, embate que as pessoas defensoras do direito de opinião, da liberdade e da Democracia não podem se omitir”.

Print do vídeo com exaltação a Hitler